Por ingremes caminhos rodeados de esplendorosas hortênsias, por percursos cerrados por entre a agreste vegetação percorre-nos a ilha do arquipélago da bela ave.
A presença do turista incauto confronta-se com a tradição os "bailhados" e até com a "massa sovada" e com a constação local de que a mim "não me importa".
Diz-se muito, por esta altura do ano, especialmente, "Gaivotas em terra, tempestade no mar". Eu sinto-me a gaivota e a tempestade corre-me nas veias.
A sufragada postura de viajante não consegue suplantar a mente de sonhadora.
Vivo de analepses desejadas, de metáforas mastigadas de loucuras doces em mim trancadas.
Na condescendência dos que nos acompanham, encontro alento em cada segundo, força no sorriso e vontade no meu viver.
Quem por tanto querer possa dizer "eu sempre quiz" quando calmamente me disserem o hoje aqui cantado "meu benzinho".
Ponta Delgada
5/08/2007
(S. Miguel, Açores)
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