Saturday, June 30, 2007

[Oração perpétua das distâncias]

Oh Sintra, cujas fontes rezam
A oração perpétua das distancias
Em vozes que já são
Ecos perdidos de outras ressonâncias,
Onde os montes, cismando pela altura
Soluçam num rumor, de quando em quando,
Elegias amargas da lonjura.
O teu perfil de altiva flor bravia
É sonho a erguer-se do torpor da terra,
Sortilégio de verde sinfonia
Que as almas prende no Divino abraço
Do encanto passional dos horizontes
Na silenciosa paz do teu regaço.


Poema de Oliva Guerra gravado numa lápide incrustada na rocha, num recanto pitoresco do Parque da Liberdade em Sintra

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